quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Páises africanos lusófonos procuram o desenvolvimento no Brasil

Países africanos buscam novas opções de políticas sociais bem sucedidas

Representantes de seis países africanos, entre eles Angola e Moçambique, vão conhecer de perto, na próxima semana, a execução de programas sociais do Brasil, numa parceria que poderá ser alargada a outras nações do continente, segundo o ministro brasileiro do Desenvolvimento Social.

"Esta é uma cooperação muito importante que queremos consolidar e depois ampliar, porque temos com os países da África, especialmente com os de língua portuguesa, raízes culturais comuns e a presença africana no Brasil é muito forte", disse à Lusa o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias.

Os técnicos de Angola, Moçambique, Gana, Namíbia, Quênia e Tanzânia vão participar no Seminário de Protecção e Promoção Social em Países Africanos, que será aberto segunda-feira no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

O evento prossegue até o dia 27 e na quinta e sexta-feiras, a missão africana, acompanhada de técnicos do governo brasileiro, visitará programas sociais em Recife, no Nordeste do Brasil.

"Esta parceria atende à prioridade dada ao continente africano pela política externa do Presidente Lula da Silva, tanto pela dimensão histórica e cultural entre Brasil e África como também por ser um continente com vários indicadores sociais graves", salientou Patrus Ananias.

Na avaliação do ministro, no mundo globalizado é preciso também "globalizar valores".

"Há uma dimensão de compromisso internacional por razões humanitárias", acrescentou.

A cooperação entre Brasil e África na área de protecção e promoção social começou em 2005, numa acção integrada com o governo inglês.

O seminário em Brasília é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional (DFID) e o Centro Internacional de Pobreza do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IPC/PNUD).

A meta dos africanos é a troca de experiências e a integração com o governo brasileiro para buscar novas opções de políticas sociais bem-sucedidas.

"Mas não se trata de uma parceria paternalista. Estamos cooperando, mas também aprendendo com os países africanos, que têm, igualmente, experiências interessantes", destacou o ministro Patrus Ananias.

Em Recife, a missão africana vai conhecer de perto projectos de apoio à agricultura familiar, cisternas, restaurantes populares, centro de referência de assistência social e o Bolsa-Família, programa de transferência de renda que hoje atende mais de 11 milhões de famílias.

Todas estas políticas sociais integradas em um sistema de protecção e promoção social beneficiam actualmente cerca de 60 milhões de pessoas em situação de pobreza no Brasil, de acordo com o ministro Ananias.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS

Do Brasil vem o bom exemplo

Se queremos ser líderes devemos apresentar melhoria de vida. O Brasil é e será líder da lusofonia.

Brasil quer reduzir a pobreza para um quarto até 2015


Brasília pretende reduzir a pobreza no país para um quarto até 2015, revelou hoje o ministro brasileiro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, na abertura de um seminário de cooperação entre o Brasil e África na área social.

No seminário participam cerca de trinta dirigentes e técnicos de seis países africanos, entre os quais Angola e Moçambique.

"O Brasil já conseguiu em 2005 atingir a meta do milénio de reduzir a pobreza para metade e agora pretendemos reduzi-la a um quarto até 2015", salientou Patrus Ananias.

As políticas sociais do Brasil integradas num sistema de protecção e promoção social beneficiam actualmente cerca de 60 milhões de pessoas em situação de pobreza.

"Reafirmamos o compromisso do governo brasileiro em cooperar com a erradicação da fome e da miséria no mundo", sublinhou o ministro brasileiro, que considera ter havido "avanços inéditos" na área social durante o governo do Presidente Lula da Silva.

A abertura do Seminário de Protecção e Promoção Social em Países Africanos contou com a participação da diretora de Assuntos Sociais da União Africana, Grace Kalimungogo.

O evento é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional (DFID) e o Centro Internacional de Pobreza do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IPC/PNUD).

O seminário, que vai permitir a troca de experiências e a integração dos países africanos com o governo brasileiro na busca de novas opções de políticas sociais bem-sucedidas, prossegue até 27 de Agosto.

Quinta e sexta-feira, a missão africana (composta por representantes de Angola, Moçambique, Gana, Namíbia, Quênia e Tanzânia) visitará programas sociais no Recife, na Região Nordeste.

Entre os projectos a serem conhecidos pelos africanos destacam-se os de apoio à agricultura familiar, cisternas, restaurantes populares, centro de referência de assistência social e o Bolsa-Família, programa de transferência de renda que hoje atende a mais de 11 milhões de famílias.

"Esta cooperação com o Brasil é muito positiva. Temos em África uma população maioritariamente pobre e, se não houver mecanismos de protecção social bem elaborados e bem implementados, não conseguiremos sair da situação de pobreza", disse à agência Lusa o diretor de Cooperação do Ministério da Mulher e Acção Social de Moçambique.

Sansão Buque lembrou que, apenas no seu país, 50 por cento da população vive abaixo da linha de pobreza, nomeadamente no meio rural.

"O Brasil tem muitos programas bons, como o Bolsa-Família, que podem ser reaplicados em Moçambique. Vamos analisar as formas de desenvolvimento desta cooperação, sobretudo na parte de assistência técnica, que precisamos muito", assinalou o representante moçambicano.

Na avaliação da delegação moçambicana, um dos grandes problemas dos países africanos é a falta de mecanismos de coordenação e de mobilização de recursos.

De acordo com o director da Acção Social de Moçambique, apenas 0,7 por cento do orçamento do Estado moçambicano se destina ao atendimento de grupos vulneráveis, como mulheres, crianças, deficientes e idosos em situação de extrema pobreza.

A directora da Assistência e Promoção Social de Angola, Nilsa de Fátima Batalha, manifestou o seu entusiasmo com a possibilidade de cooperação com o Brasil.

"Este seminário é de suma importância para o nosso país e nós depositamos muita esperança e expectativa nesta cooperação. Julgamos que poderemos transportar algumas experiências do Brasil, que tem programas e boas práticas de promoção social e combate à pobreza", afirmou Nilsa à agência Lusa.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS

Doutrina FELINO

Após exercício militar FELINO 2008, em Portugal, o CEM Valença Pinto afirmou que a doutrina militar conjunta da CPLP está pronta para ser testada durante o FELINO 2009, que terá lugar em Moçambique.

Bem prega e mal faz

Portugal está entre os países mais injustos do Mundo


Portugal é um dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos dos cidadãos, ao lado dos Estados Unidos e apenas atrás da Turquia e México.


No relatório "Crescimento e Desigualdades", divulgado esta terça-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que o fosso entre ricos e pobres aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos, à excepção da Espanha, França e Irlanda, e traduziram-se num aumento da pobreza infantil.

Os autores do estudo colocam a Dinamarca e a Suécia à frente dos países mais justos, com um coeficiente de 0,32, e o México no topo da tabela dos mais injustos (0,47), seguido da Turquia (0,42) e de Portugal e dos Estados Unidos (ambos com 0,23).

"Em três quartos dos 30 países da OCDE, as desigualdades de rendimentos e o número de pobres aumentaram durante as duas últimas décadas" - lê-se no relatório.

Todavia, alguns países registaram melhores resultados do que outros: desde 2000, por exemplo, o fosso entre ricos e pobres aumentou sensivelmente no Canadá, Alemanha, Noruega, Estados Unidos, Itália e Finlândia, mas diminuiu no México, Grécia, Austrália e Reino Unido.

Nos países onde as diferenças sociais são mais importantes, o risco de pobreza é maior e a mobilidade social mais baixa, segundo a organização.

"As famílias ricas melhoraram muito a situação" em relação às mais pobres e, por outro lado, "o risco de pobreza deslocou-se das pessoas idosas para as crianças e os jovens adultos".

A OCDE define como situação de pobreza quando os rendimentos são inferiores a 50 por cento da média de cada país.

A pobreza das crianças, que aumentou nos últimos 20 anos, "situa-se hoje acima da média geral" e "deveria chamar a atenção dos poderes públicos", sublinha a OCDE.

"A Alemanha, a República Checa, o Canadá e a Nova Zelândia são os países onde a pobreza das crianças mais aumentou", segundo um dos principais autores do estudo, Michael Foerster.

Em contrapartida, a faixa etária entre 55 e 75 anos "viu os seus rendimentos aumentar mais nos últimos 20 anos", sendo a pobreza entre os pensionistas actualmente inferior à média do conjunto da população da OCDE.

A organização pede aos países membros para "fazerem muito mais" para que as pessoas trabalhem mais, em vez de viverem na dependência das prestações sociais, sendo que a taxa de pobreza das famílias sem emprego é quase seis vezes superior à das famílias activas.

Mas embora o trabalho seja "um meio muito eficaz para lutar contra a pobreza", não chega para a evitar: "mais de metade dos pobres pertencem a famílias que recebem fracos rendimentos de actividade".

A OCDE encoraja a implementação de medidas preventivas, nomeadamente a promoção do acesso a um trabalho remunerado.

"Ajudar as pessoas a inserirem-se no emprego e a converterem-se em cidadãos autónomos tem um papel preventivo que evita o agravamento das desigualdades", considera.

De facto, a organização assinala ser nos países com maiores taxas de emprego que o número de pobres é menor.

"O que importa não é a igualdade das situações, mas a igualdade das oportunidades", afirma-se no relatório, que preconiza também esforços em matéria de educação e saúde para reduzir as disparidades.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Ensino está a que Distância?

A Universidade Aberta (UAb) vai organizar, com o apoio do Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o I Simpósio de Educação a Distância dos Países de Língua Oficial Portuguesa. O encontro vai decorrer em Lisboa, nos dias 30 e 31 de Outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian.

Petróleo lusitano em 2010

Do Cabo Mondego a Peniche, Brasil e Portugal vão explorar petróleo, em 2010. As expectativas são boas.

Forma agradável de expor a Lusofonia

http://www.mundolusiada.com.br/COLUNAS/ml_coluna_190.htm